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“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois serão satisfeitos“ (Mateus 5.6)

Comentário Bíblico / Produzido por Projeto Teologia do Trabalho
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A compreensão da quarta bem-aventurança requer um entendimento daquilo que Jesus chamou de justiça. No judaísmo antigo, justiça significava “inocentar, vindicar, restaurar a um relacionamento correto”.[1] Os justos são aqueles que mantêm relacionamentos justos — com Deus e com as pessoas ao redor deles. Com base em relacionamentos justos, aqueles que cometem infrações são inocentados da culpa.

Você recebeu a bênção de relacionamentos justos em abundância? Isso é resultado da humildade (a terceira bem-aventurança), porque só podemos formar relacionamentos justos com outras pessoas quando deixamos de fazer com que todas as nossas ações girem em torno de nós mesmos. Você tem fome e sede de relacionamento justos — com Deus, com seus colegas de trabalho, com sua família e com sua comunidade? A fome é um sinal de vida. Seremos genuinamente famintos por bons relacionamentos se ansiarmos por outros por causa deles próprios, não apenas como petiscos para satisfazer nossas próprias necessidades. Se entendermos que temos a graça de Deus para isso, teremos fome e sede de relacionamentos justos, não apenas com Deus, mas também com as pessoas com quem trabalhamos ou vivemos.

Jesus disse que aqueles que têm essa fome terão seu apetite satisfeito. É fácil ver os erros em nosso local de trabalho e querer batalhar para consertá-los. Se fizermos isso, estaremos famintos e sedentos por justiça, desejando que os erros sejam corrigidos. A fé cristã tem sido a fonte de muitas das maiores reformas realizadas no mundo do trabalho, talvez sendo as mais notáveis a Abolição da Escravatura na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos e a gênese do Movimento dos Direitos Civis. Mais uma vez, porém, o fluxo das bem-aventuranças é importante. Não nos envolvemos nessas batalhas com base em nossas próprias forças, mas apenas em reconhecimento de nosso próprio vazio, chorando nossa própria injustiça e submetendo nosso poder a Deus.