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A prioridade dos relacionamentos (2Co 2.12-16)

Comentário Bíblico / Produzido por Projeto Teologia do Trabalho
Urban 438393 640

Outro meio para promover interações saudáveis ​​no trabalho é simplesmente dedicar tempo e esforço para desenvolver e investir em relacionamentos. Tendo deixado Éfeso, Paulo foi para Trôade, uma cidade portuária na região noroeste da Ásia Menor, onde esperava que Tito chegasse de sua visita a Corinto (ver detalhes em Introdução a 2Coríntios, acima). Enquanto esteve lá, Paulo realizou o trabalho missionário com seu vigor habitual, e Deus abençoou seus esforços. Mas, apesar de um começo promissor em uma cidade de grande importância estratégica, [1] Paulo interrompeu seu trabalho em Trôade porque, como ele próprio diz, “não tive sossego em meu espírito, porque não encontrei ali meu irmão Tito” (2Co 2.13). Ele simplesmente não conseguia dar conta de seu trabalho, sua grande paixão, por causa da angústia que sentia por seu relacionamento tenso com os crentes de Corinto. Diante disso, partiu para a Macedônia, na esperança de encontrar Tito lá.

Duas coisas são impressionantes nessa passagem. Primeiro, Paulo atribui um valor significativo a seus relacionamentos com outros crentes. Ele não é capaz de permanecer indiferente e tranquilo quando esses relacionamentos estão em ruínas. Não podemos dizer com certeza absoluta que ele estava familiarizado com o ensino de Jesus sobre deixar o presente no altar e se reconciliar com o irmão (Mt 5.23-24), mas ele entendia claramente o princípio. Paulo está ansioso para ver as coisas consertadas e investe muita energia e oração para alcançar esse objetivo. Em segundo lugar, Paulo dá alta prioridade à reconciliação, mesmo que isso cause um atraso significativo em sua agenda de trabalho. Ele não tenta se convencer de que tem uma grande oportunidade para o ministério que não voltará a surgir e que, portanto, não pode se incomodar com os coríntios e suas necessidades momentâneas. Reparar a ruptura em seu relacionamento com eles tem prioridade.

A lição para nós é óbvia. Os relacionamentos são importantes. É claro que nem sempre podemos abandonar o que estamos fazendo a qualquer momento e atender a relacionamentos tensos. Mas não importa qual seja nossa tarefa, os relacionamentos são algo fundamental em nossa vida. As tarefas são importantes. Os relacionamentos são importantes. Então, no espírito de Mateus 5.23-24, quando ficamos sabendo — ou até suspeitamos — que um relacionamento foi perturbado ou rompido no decorrer do trabalho, fazemos bem em nos perguntar o que é mais urgente no momento, se a conclusão da tarefa ou a restauração de um relacionamento. A resposta pode variar, dependendo das circunstâncias. Se a tarefa é grande o suficiente, ou a tensão no relacionamento é séria o suficiente, fazemos bem não apenas em perguntar o que é mais urgente, mas também em buscar o conselho de um irmão ou irmã por quem temos respeito.